“Fantasia”, o breve poema inicial, já é um prenúncio do que virá depois, do que há de mais forte e belo nesta poesia de Gyzelle. Poesia personalíssima em seus compassos e arabescos, em seus fragmentos só em aparência desencontrados. Uma poesia intuitiva, confessional, de ásperas delicadezas. Instintiva e racional, ao mesmo tempo. E uma poesia do coração, dos cismas amorosos e seus delíquios. Como no poema “imóvel”, extraordinário invento de íntimos trânsitos. O poema como possibilidade, potência.