ÀS VEZES O MONSTRO É UMA MULHER

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O olhar de Camille traz o perigo de quem acredita na imaginação como âncora e como senha do mundo. É esse ritmo que dança o livro e o monstro que passeia no espelho, no leitor e no canto da página. Isso tudo com a delicadeza de quem assopra no ouvido que “Um conto de fadas e a mimesis de um pesadelo”. 
E a leitura vai descendo numa espiral de fascínio que esses jogos de aproximação do ato final seriam, além de Ícaro, se aproximar e ter revelado mais perguntas do que respostas. O monstro como ser mítico precisa ter um corpo, se empresta da voz de Camille (voz serena e disputada entre os afetos) para cantar em três atos uma pista do segredo que rasga moralismos. Ainda conspirávamos contra o enigma perfeito ao abrir a fenda de luz que é essa publicação, ao mesmo tempo que o guardamos. 
Que risco ler Camille e estar apaixonado, que risco maior ler e não estar, tem algo em livros de poesia e seus leitores que está sempre quase acontecendo. Cá entre nós, se esse livro está na sua mão, você já sabe esse segredo. Mais ainda quando os versos invadem a vida, já que “memória demais é uma doença”. Barthes, Kurt e Wislawa se tornam parte do corpo, máscara que revela, sem as costuras, mas com o com o aspecto liso de fantasma da ópera (uma paixão que só entendi depois de ouvir Camille, sobre o flerte da arte com o mágico, o misterioso e o monstruoso que nos habita).

Roberta Damasceno


GÊNERO: Poesia
68 páginas
14x21cm



 
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