“Marés” é uma ode (não exatamente no sentido estrutural) ao mar, mas de caráter mais ambivalente, impermanente. Um gesto irônico, ainda que sadio, em relação ao nosso olhar para aquilo que o mar representa (por si mesmo e como metáfora) e nos proporciona, com a melancolia, ilusões e aventuras que se ligam ao seu horizonte, quando o buscamos para atingir algum estado de cura, para dar salvaguarda ao que não podemos perder em meio a marés tão insanas como as que vivemos na atualidade, sejam elas advindas das questões políticas, éticas, crises ambientais, ecológicas, do vínculo entre as pessoas, entre outras.
O livro é dividido em quatro partes: ESTUÁRIO/ TERRA EM TRANSE/ MARÉ ALTA/ MAR ABERTO. Cada uma com suas intensidades, paragens, perigos, e profundidades imprevistas.