Reúnem-se aqui 14 textos de escritores, que formam o Coletivo Delirantes, em torno da poesia musical de Fausto Nilo. No livro Tanta coisa a gente inventa, o Coletivo coloca em movimento as paisagens sonoras de Fausto. Aqui o azul é a cor de quase tudo. Em fevereiro, somos um, somos dois, somos muitos, criando memórias do futuro com Lino, Mara, Pinduca; tantos vendavais. Os textos mantêm o espírito do artista falando do amor, no abismo da ilusão e de sonhos não todos. No cartaz, espalhado pela cidade, cenas do cotidiano, uma vida noutra vida, diferente. Os múltiplos dialetos do prazer são colheradas da língua mãe, em seu nome, por vezes, em bloco. O astro vagabundo retorna para dormir no seu jardim e a saudade eterna é a paisagem do retrovisor. Na despedida, fará um lindo dia; portanto, vamos pra frente que pra trás não dá mais, pois se a vida abraça a redenção das amarguras, não faça a eternidade na tortura, espantando o passarinho por pavor ou medo. Os textos dessa coletânea homenageiam Fausto Nilo e seu rio, na junção do Nilo Branco com o Nilo Azul, inventando novas miragens para nossos desertos. Convidamos seus escutadores ao encontro de novos personagens, e o que poderia ter sido. (Karla Patricia Holanda Martins)
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