O Trapizonga é um reflexo aproximado de uma sociedade envolta na névoa de incertezas e angústias do nosso tempo. Adamastor vive coagido pela conjuntura política, doméstica, pelo mundo do trabalho e por um cérebro, cujas sinapses insistem em sair do normal. Pressionado por todos os lados, ele teima em manter o humor e a esperança no seu devido lugar, ainda que isso pareça um tanto insensato. Afinal, está num Brasil assediado por extremistas, com a democracia no desfibrilador, violência, pneus, bloqueios, um idiota pendurado num caminhão, terrorismo, um golpe em andamento, a mãe na porta do quartel e um trabalho para entregar.