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"Não há de quê”. Sim, uma expressão um tanto démodé, fora de órbita. Se essa bendita fórmula sai da boca de uma pessoa amargurada, rejeitada e agredida, parece um deboche, ou um “me aguarde”. A escolha do título do livro tem esse sentido, de um agradecimento fajuto; um decreto velado de vingança. Os contos apresentam pessoas sofridas, que lutam para desatar a realidade, desfazer o destino cruel a que foram submetidas. “Não há de quê”, um grito grego de socorro, abafado, um singelo sinal de que nem tudo está perdido. Pode ser uma revolta reverberada para o mundo ou na consciência da vítima. Há fôlego. No fundo, ainda existe ânimo para reagir.